A manhã foi linda, sol e céu de brigadeiro, límpido para a comemoração. Caiu a tarde e a tempestade fez o céu azul cair no oblívio.
São Paulo é ainda assim, cidade feita de contradições.
Mas que graça tem a Rapaziada sem garoa? – Ainda que a garoa não seja mais como antigamente...
O paulistano padece de um amor molhado por essa cidade alucinógena!
Em meio aos shows, esquecemo-nos das enchentes, na festa não há espaço para a fome, a alegria ofusca a miséria...momentaneamente.
Sem bondinho-lírico, repleta do trânsito caótico que anuncia o fim do feriado, vem a noite,
grávida da avidez das almas.
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Tudo é pura possibilidade a fecundar
o som dos carrosônibusmotos,
a espera dos que atrasam,
a ansiedade do olhar,
os risos loucos perdidos no céu dessa tão iluminada cidade
que esquecemos das estrelas.
A síntese da Paulicéia . muio bom
ResponderExcluirsab do q eu gosto na poesia...? é um dos únicos espaços onde me sinto completa... ampla, inteira... valeu prof!!!
ResponderExcluirE é em meio a tanto caos, a tanta agrura que uma cidade cinza de estanho se faz viva. As estrelas acabam por esquecidas pela maioria. Mas, convenhamos que é melhor assim. Não é qualquer um que pode contemplá-las. Melhor apenas os que as entendem ou querem entender vê-las, do que presenciar a sua banalizarão.
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